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COM INGRESSOS GRATUITOS A "DOENÇA DO OUTRO" ESTREIA EM AMBIENTE VIRTUAL

Autor do texto, Ronaldo Serruya também está no palco no solo com direção

de Fabiano Dadado de Freitas, do Teatro de Extremos, do Rio de Janeiro. Espetáculo é um atravessamento pessoal de um corpo convivendo com HIV

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Vencedor do 7º edital da Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos do Centro Cultural São Paulo, o texto A DOENÇA DO OUTRO, de Ronaldo Serruya estreia, após apresentações presenciais, uma temporada virtual de 31 de janeiro a 6 de fevereiro, de segunda-feira a domingo, às 20h, no canal do YouTube do Centro Cultural SP.

Com direção de Fabiano Dadado de Freitas e atuação do próprio autor, o solo traz à cena um diálogo sobre os corpos convivendo com HIV, suas estigmatizações e as conquistas sociais. Na versão on-line de A DOENÇA DO OUTRO, Ronaldo Serruya propõe o formato de uma peça-filme adaptando a dramaturgia para o audiovisual.

“Apesar de partir do mesmo texto e de imagens captadas durante as apresentações presenciais, resolvi distinguir os materiais. No ambiente virtual é uma outra fruição com outros enquadramentos. Com certeza é uma versão diferente”, adianta Ronaldo Serruya. O espetáculo que, ao mesmo tempo toma o rigor teórico e documental do formato palestra, joga com a teatralidade através do videografismo, permeando toda a encenação com projeções em vários locais, inclusive no figurino.

Ronaldo Serruya recebeu o diagnóstico positivo para HIV em 2014. Depois de um período de elaboração e relacionamento com a revelação, encontrou nos discursos artísticos uma maneira de debater, criticar e confrontar toda a construção dos estigmas em torno da doença.

“Para a maioria o corpo portador do HIV é um corpo perigoso, recusado, fracassado e sigiloso. Escrever a peça era um sonho antigo, agora materializado como forma de recusar o silêncio e a culpabilização”, explica Serruya. Para ele, nesses 40 anos de HIV no mundo os avanços científicos foram enormes, mas o preconceito e a “sorofobia” fazem do HIV uma doença social.

Arte x HIV

Atravessamento pessoal, A DOENÇA DO OUTRO é um processo autoral, já que Ronaldo Serruya é o autor e ator do monólogo. Para não deixar um contaminar o outro, Serruya convidou Fabiano Dadado de Freitas para assumir a direção trazendo novas possibilidades para a encenação.

Os dois que já se conhecem a muito tempo ainda não tinham trabalhado juntos em um espetáculo teatral, mas criaram o projeto Como eliminar monstros: discursos artísticos sobre HIV/ AIDS, que analisa a história social da doença e reflete sobre os estigmas que rondam corpos positivos através da fricção entre Arte x HIV.

Além do videografismo proposto na cenografia, o espetáculo conta com figurino criado por Luiza Fardin (vencedora dos prêmios Cesgranrio, Shell e APTR 2016 na categoria melhor figurino pelo espetáculo Se eu fosse Iracema). O figurino em tons claros apresenta uma concepção descontruída e assimétrica e servirá também como plataforma de projeção.

Desfilmar o imaginário

Integrante do Grupo XIX de Teatro e do Teatro Kunyn, grupo de teatro com montagens sobre o universo gay, Ronaldo Serruya escreveu em 2017 Desmesura, encenada pelo Kunyn. “Protegido pela ficção escrevi o texto já com muitas referências ao HIV, pois busquei inspiração na vida do dramaturgo argentino Raul Taborda Damonte, o Copi, que morreu em decorrência de complicações oriundas da doença, ainda na década de 80. Já com A DOENÇA DO OUTRO o objetivo é ‘desfilmar’ todo o imaginário de estigmatização e preconceito que, principalmente o cinema trouxe sobre um corpo portador de HIV”, conta o autor e ator.

Para ele, a estreia de A DOENÇA DO OUTRO não é um ato heróico ou de coragem, mas uma contribuição singela para o reconhecimento e uma digna reverência ao corpo positivo.

Nova temporada

De 5 a 21 de março, de sábado a segunda-feira, o espetáculo A DOENÇA DO OUTRO faz uma nova temporada presencial no Teatro de Contêiner Mungunzá.

Sobre Ronaldo Serruya

Ator e dramaturgo de um dos mais importantes grupos de teatro do país, o Grupo XIX de Teatro (SP), premiado no Brasil e no exterior. Em 2009 fundou o Teatro Kunyn, coletivo que pesquisa a questão queer nas artes cênicas. Pelo texto Desmesura ganhou o Prêmio Suzy Capó no 25º Festival MIX da Diversidade. Desenvolve também o projeto Como eliminar monstros: discursos artísticos sobre HIV/ AIDS, projeto que analisa uma história social da doença e reflete sobre os estigmas que rondam corpos positivos através da fricção entre Arte x HIV. Seu texto A Doença do Outro, ganhador do 7º Edital de Dramaturgia em pequenos formatos do CCSP (SP), é um monólogo sobre sua experiência vivendo com HIV.

Sobre Fabiano Dadado de Freitas

Diretor, dramaturgo e ator. Mestre em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ, pesquisa performance, política e sexualidade. Dirige o Teatro de Extremos: Balé Ralé, de Marcelino Freire (2017) – prêmio Questão de Crítica e O Homossexual ou a dificuldade de se expressar, de Copi (2015), que recebeu 13 indicações aos prêmios Shell, Cesgranrio, APTR e Questão de Crítica. Em 2019 dirigiu 3 maneiras de tocar no assunto, peça que recebeu 17 indicações aos prêmios Shell, Cesgranrio e APTR. Durante o período pandêmico colabora com o projeto Museu dos Meninos onde dirigiu e roteirizou a performance Arqueologias do Futuro e as peças sonoras Sem título para uma radiocoreografia, no Festival Panorama. Idealizou e ministrou seis turmas do curso Como eliminar monstros: discursos artísticos sobre HIV-AIDS junto com Ronaldo Serruya. Orientou cinco podcasts no festival Breves Cenas de Manaus em que também colaborou como diretor artístico. Em 2021 retomou a pesquisa das radiodramaturgias ministrando a oficina Radiodrama: um teatro para os ouvidos pelo SESC SP e dirigindo as séries A Mulher do início do Mundo e O Viaduto para a série Ficções do Itaú Cultural.

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Serviço:

A DOENÇA DO OUTRO

De 31 de janeiro a 6 de fevereiro, segunda-feira a domingo, às 20h, no YouTube do Centro Cultural São Paulo [youtube.com/centroculturalsaopauloccsp].

Duração – 30 minutos | 14 anos | Ingressos – Gratuito (retirada no site sympla.com.br).

Idealização, Texto e Atuação – Ronaldo Serruya. Direção – Fabiano Dadado de Freitas. Direção Audiovisual – Caio Casagrande. Videoarte e Cenografia – Evee Avila e Mauricio Bispo. Edição e Filmagem – Caio Casagrande. Figurino – Luiza Fardin. Iluminação – Dimitri Luppi Slavov. Trilha Sonora Original – Camilla Couto. Assessoria de Imprensa – Nossa Senhora da Pauta. Designer Gráfico – Rafael Fortes. Fotos e Assessoria de mídias sociais – Jonatas Marques. Produção – Cristiani Zonzini.

Assessoria de Imprensa

Nossa Senhora da Pauta

Frederico Paula – MTb-SP: 28.319

(11) 99658-3575

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Laila Merola é publicitária, terapeuta emocional e escritora, sendo autora do Projeto As Garotas do Calendário e vários livros com temas para o Universo Feminino, e de livros infantis - Coletânea Crescendo e Feliz. Visite seu canal no you Tube!


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