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PRODUÇÃO ARTÍSTICA PERIFÉRICA GANHA FOCO COM A MOSTRA DANÇA NAS BORDAS

Criada pela Cia. Diversidança na zona sul da periferia de São Paulo,

a mostra de dança chega em sua sétima edição, é um encontro

de artistas que produzem, fomentam e difundem dança nas bordas

da capital paulista de forma plural e diversificada. Na programação

gratuita, espetáculos presenciais e virtuais, exposição, intervenções,

performances, exibições de videodanças e documentários,

oficinas, rodas de conversas e residência artística





De 22 de abril a 19 de maio, a periferia da zona sul da cidade de São Paulo vai respirar e transpirar dança ao longo de 23 dias. O DANÇA NAS BORDAS será palco para o encontro de artistas que produzem, fomentam e difundem dança nas bordas da capital paulista de forma plural e diversificada. Com realização da Cia. Diversidança, a sétima edição do evento contempla mais de 50 atividades entre espetáculos, exposição, intervenções, exibições e ações formativas, distribuídas entre o Espaço Cultural CITA, a Praça do Campo Limpo e o Studio de Dança Diane Sousa.

 

Contemplada com o ProAC Editais – Produção e realização de mostra, festival, conferência, seminário ou premiação no Estado de São Paulo (40/2023), a mostra DANÇA NAS BORDAS conta com a participação de artistas que fomentam a dança, em diversos segmentos, nas regiões periféricas de São Paulo, principalmente na zona sul. O festival traz à cena um recorte da diversidade de ações artísticas produzidas na periferia da capital paulista, além de convidados de municípios do Estados de São Paulo.

 

O DANÇA NAS BORDAS – vencedor em 2021 do Prêmio Denilto Gomes de Dança da Cooperativa Paulista de Dança na categoria Difusão de Dança – tem idealização e curadoria do coreógrafo e diretor Rodrigo Cândido. Para ele, o festival é um convite para que artistas, público e pesquisadores possam estar juntos na troca de vivências e práticas em dança. “Na programação gratuita, diversas atividades relacionadas à dança, em diversas modalidades, linguagens e estéticas compõem uma programação extensa com diferentes núcleos artísticos”, conta ele.


A Roda de Jongo, do Jongo Candogueiros do Campo Limpo dá início a maratona de atividades do DANÇA NAS BORDAS no dia 22 de abril, segunda-feira, às 18h, na Praça do Campo Limpo. A apresentação celebra a cultura e a ancestralidade negra do Sudeste com seus saberes ancestrais passados pelos mais velhos, como a afinação dos tambores, a dança e o canto, celebrando as tradições e a memória cultural.


Em seguida, às 19h, no Espaço Cultural CITA, acontece a abertura da exposição Imagens de Minha Dança – Rosângela Alves. Com fotografias, objetos, vídeos, figurinos e textos, a artista de dança Rosângela Alves mostra a sua criação em dança como principal ferramenta de transgressão e afirmação estética e social. A visitação acontece de 24 de abril a 19 de maio, de quarta-feira a sábado, das 14h às 21h e domingo, das 10h às 15h.


Temas urgentes e atuais

A programação do DANÇA NAS BORDAS traz 11 espetáculos presenciais. Com temas urgentes e atuais, as coreografias trazem ao palco debates sobre a invisibilização de corpos marginalizados, a violência urbana, o diálogo com outras linguagens artísticas e a cultura afro-ameríndia brasileira. É o caso de Carimbó, Encantos e Encantarias (25 de abril, quinta-feira, 21h), do Mani Carimbó, no qual a bailarina Cecilia Mani, ao som do curimbó e maracas, apresenta os mitos e lendas da região amazônica.

 



O Grupo Flying Low também se inspira nas lendas folclóricas e dos encantados que parte de perspectivas afro-diaspóricas e indígenas no espetáculo As Pegadas do Kurupyra (27 de abril, sábado, 19h). De forma lúdica, os bailarinos por meio de jogos de improvisação cênica, debatem a ganância e a importância de atos de partilha. Os corpos pretos marcam presença em Mukuvu – Uma festa para engravidar corações (26 de abril, sexta-feira, 21h), do Bando Mukuvu. O espetáculo é uma viagem bantu umbigueira que habita jovens na banda de cá do Atlântico, danças que giram e apagam as consciências. Mukuvu é uma negrura que se pode encontrar em barrigas no estado de gestação, o escuro presente no fofo da terra que faz germinar as raízes profundas.

 

Cabaças (4 de maio, sábado, 19h), da Cia Forè, mostra a inquietação de uma jovem de pele preta como a noite, que decide ir ao encontro do desconhecido para conhecer outros mundos. No caminho uma figura mística lhe presenteia com cabaças e a partir de então passam a ser parte dessa sua nova fase de vida. Já em Fé-um lugar onde o tempo para (16 de maio, quinta-feira, 21h), da Ouvindo Passos Cia de Dança, os gestos das mais variadas manifestações de fé ganham o palco.

 

A Cia de Dança Diário apresenta D’água: um começo, sem meio, sem fim (2 de maio, quinta-feira, 21h). Repleto de várias certezas, lacunas, vãos, ausências, descobertas e perigos, o bailarino Rodrigo Alcântara dança a humanidade e suas vulnerabilidades. Os relacionamentos humanos também são o ponto de partida de Nós em Nós (3 de maio, sexta-feira, 21h), da Cia 7 de Dança, que aborda os laços fortalecidos pela ilusão romântica da perfeita relação, seja ela palpável ou fictícia. Na coreografia Contradição do SerAfeto (9 de maio, quinta-feira, 21h), o Núcleo Estopim apresenta um trabalho que promove empatia e impacto visual sobre o público, além de provocar discussões sobre diferentes tipos comportamentais da masculinidade.

 

Os corpos marginalizados e periféricos são tema de dois espetáculos presentes na mostra: Carmen (4 de maio, sábado, 21h), do Coletivo Calcâneos e Corpos de Fronteira (11 de maio, sábado, 19h), da TF Style Cia de Dança. O primeiro é uma pesquisa sobre o passado, na tentativa de compreensão da exaustão emocional do corpo periférico no presente e lança um olhar sensível sobre o que é nascer e morrer ao entendimento desse corpo que vive às margens, e como ressignificar essas experiências em vida. O segundo, com direção geral de Igor Gasparini, busca refletir sobre a pluralidade de corpos que colocam em questão tais fronteiras: negros, mulheres, homossexuais e periféricos unem-se por acreditar que juntos as individualidades se potencializam.

 

Baseado no livro Amor Líquido, de Zygmunt Bauman, o espetáculo Cartas para ELE (17 de maio, sexta-feira, 21h), do Grupo Corpo Molde, apresenta os mais variados tipos de relacionamentos amorosos ou sexuais. Em cena, os intérprete-criadores Renan Marangoni, Luiz Ragusa e Bruno Faowmanma trazem diversas percepções de vida e análises de sobrevivência do cotidiano e de relacionamentos afetivos.

 



Espetáculos virtuais

A sétima edição do DANÇA NAS BORDAS está repleta de novidades, como a transmissão de espetáculos no canal do Youtube do festival [youtube.com/@DancanasBordas]. Entre eles, destaque para a estreia nacional de Corpos Ausentes (24 de abril, quarta-feira, 19h), do Grupo de Artes Soma de Sorocaba, que é formado por quatro artistas graduados pela UNICAMP e que pesquisam a relação entre arte e tecnologia. O espetáculo de dança contemporânea pensado para a câmera trata das relações entre corpo e tecnologia e aborda questões sobre a ausência do corpo no mundo real e sua presença no mundo virtual, questionando-se sobre as relações contemporâneas interpessoais e sobre as corporeidades do século XXI.

 

A Dentre Nós Cia de Dança apresenta KATABASIS (1º de maio, quarta-feira, 19h), que conta a história de uma mulher em sua jornada rumo ao autoconhecimento, um mergulho poético nas sensações, onde a busca por conexão e significado se entrelaçam com a natureza do ser humano. Outro espetáculo virtual que integra a programação é Di Quebrada (5 de maio, domingo, 19h), do Coletivo Soul Dip, que foi gerado a partir do vínculo dos integrantes com os territórios onde nasceram e se criaram, pelo impulso de ressaltar as potencialidades dos seus bairros usando como diálogo principal as danças urbanas.

 

De Araraquara, o experimento-híbrido Bruxa Preta em RE-Tomada – Travessia cinematográfica de dança (15 de maio, quarta-feira, 19h), de Luzinete Silva, exibe o corpo negro feminino em uma jornada de transformações. No chão híbrido das telas cibernéticas, a mulher dança, e se faz dança em comunidade, em um plugar de memórias e trajetórias.

 

Dança para crianças

A Praça do Campo Limpo será palco das apresentações das intervenções pensadas para famílias e crianças. O Grupo 011 apresenta Todos São Paulo (27 de abril, sábado, 16h), onde os encantados do Grajaú contam e narram histórias que se passam nos caminhos, linhas de trem e vidas dos moradores da capital paulista.

 

Do interior de São Paulo, o Núcleo de Dança e Bem-Estar Juliana Santos de Jundiaí mostra a intervenção Cortejo de Encantados (4 de maio, sábado, 16h). O grupo de artistas personalizados de elementais da natureza, simbolizando a terra, o ar, a água, o fogo, a mãe natureza e o tempo, interage com o público pelo espaço da festa tocando instrumentos, dançando e fazendo brincadeiras de roda. Já a Unity Warriors apresenta Dentro, Fora e Cruza (4 de maio, sábado, 17h), propõe ressignificar alguns jogos e brincadeiras populares que contribuem com a formação do imaginário social.

 

Mané Boneco (11 de maio, sábado, 16h), do Grupo Zumb.boys, é inspirada no boneco brasileiro Mané Gostoso, feito de madeira, com pernas e braços facilmente articulados, através de cordões. A intervenção dialoga com a beleza e a simplicidade do brincar e passeia pela memória afetiva de brincadeiras e histórias. Em Requebrando (11 de maio, sábado, 17h), o Grupo Diladim propõe construir um ambiente que convida as pessoas para um “baile” diferenciado. Um oceano sonoro que estabelece sua musicalidade, passeando por ambientes e ritmos distintos.

 

Ensaios Perversos

A edição 2024 do DANÇA NAS BORDAS recebe o projeto Ensaios Perversos, uma parceria da mostra com a Cia Perversos Polimorfos, que traz para a programação um ciclo de conversa e apresentações, contribuindo para a construção de um pensamento e de um olhar sobre dança.

 

As ações do Ensaios Perversos acontecem no domingo, dia 28 de abril e tem início às 16h com o bate-papo Conversas Sem Fim: Poéticas da Flacidez: O corpo gordo na cena, com Gal Martins e Rosângela Alves, do grupo Zona Agbara, que pauta a visibilidade e valorização da produção artística de mulheres pretas e gordas utilizando a criação em dança como principal ferramenta de transgressão e afirmação estética e social.

 

O SM Crew, grupo periférico da Zona Sul de São Paulo, que usa as linguagens das Danças Urbanas como forma de expressão, apresenta às 18h O Brasil que ninguém te contou (a intervenção volta a se apresentar no dia 11 de maio, sábado, às 18h) e logo em seguida, às 18h30, o Núcleo de Pesquisa e Criação Os Peculiares, que tem como base de sua essência a dança breaking, apresenta Falem Comigo. A balada Dance Floor fecha as atividades em parceria com a Perversos Polimorfos às 19h com a DJ Aghata e abertura da MC Lalão do TDS.

 

Exibições de videodanças e documentários

A mostra também se debruça para as criações em dança no audiovisual e traz para a programação um ciclo de videodanças e documentários. As exibições começam dia 25 de abril, quinta-feira, às 19h, com o vídeo Abrigo, da Dois Rumos Cia de Dança. A obra integra o projeto Danças de Bolso, uma mostra de videodanças dirigidas pelo elenco da Cia e que revelam subjetividades, descobertas e percursos atravessados por seus intérpretes-criadores durante a pandemia. Na sequência será apresentado o vídeo Ventania poética: a árvore, a música e a dança, dos criadores Érico Santos e Vinicius Gonçalves.

 

No dia 9 de maio, quinta-feira, às 19h, é a vez das videodanças [ESTaDO De  ],  de Ana do Carmo, que convida o público a perceber estados corporais e dar-lhe nomes, significados, como quem olha por uma fresta e vislumbra uma forma de existência insignificante e persistente. Em seguida é a vez de E o vento avisou, de Bárbara Alves, uma pesquisa partindo da relação com a pélvis, memória, palavra e ancestralidade.

 

Os documentários ganham as telas nos dias 2 de maio, quinta-feira, às 19h, com a projeção de An(Danças), do Coletivo Olhares de Guiné, sobre as trajetórias percorridas pelos artistas da dança que integram grupos e coletivos nas periferias da cidade de São Paulo, e 16 de maio, quinta-feira, às 19h, com a exibição de Terras da Leste, do Coletivo Corpo Aberto, uma dança documental criado pelo grupo em parceria com as Mulheres do Gau (agricultoras urbanas periféricas), que verbalizam suas lutas, semeiam, plantam e colhem os frutos das terras que brotam na Zona Leste de São Paulo.

 

Ações formativas

Além dos espetáculos, intervenções e exibições, o DANÇA NAS BORDAS aposta na realização de atividades reflexivas sobre a dança e seus fazedores. As oficinas, rodas de conversas, residência artística e demais atividades são um convite para que artistas, público e pesquisadores possam estar juntos para trocar suas vivências e práticas em dança, principalmente na periferia das cidades.

 

Com Cléia Plácido e Felipe Cirilo, a residência artística Kazuá acontece dias 24 de abril, 8 e 15 de maio, das 14h às 17h. Os encontros de contato improvisação visam criar um espaço seguro de fruição para pessoas negras.

 

As rodas de conversas trazem para o debate temas e olhares diversos, como Pessoas Trans na Dança: Evidenciando trajetórias da zona sul (26 de abril, sexta-feira, 18h) com Theozinho (homem trans, dançarino e estudante das danças urbanas, danças brasileiras e jazz), Rick Morena (bailarine não-binária integrante da Cia Clarin de Dança), Saolla Sousa (bailarina) e mediação de Sol Tereza. Após o bate-papo acontece a apresentação de Desistentes de Gênero – Sagrado Travestismo, de Saolla Sousa e Júpiter.

 

Já na sexta-feira, 3 de maio, às 18h, acontece Corpos Racializados: Desmistificando fronteiras e suas danças, com Potira Marinho (artista, modelo, bailarina profissional e atleta entusiasta do movimento), Ricardo Ura (artista do corpo, teve seu primeiro desenvolvimento artístico com o breaking aos 15 anos), Nyek Freitas (bailarino e técnico em dança – ETEC de Artes de São Paulo) e mediação de Tatiane Santos. Após o bate-papo, Potira Marinho apresenta Eu-Objeto.

 

O grupo As Cadeirudas – Ana Maria, Nilda Martins, Mona Rikumbi e Suh Rezende – quatro mulheres negras, plurais, ousadas, idades variadas, com deficiência pós adquirida por diferentes diagnósticos e que se uniram por meio da dança, apresenta três cenas: Kitembu é esse???, Workshop das Cadeirudas e Nossa Voz (10 de maio, sexta-feira, 18h), um convite aberto a sociedade para a arte, como forma de luta contra o capacitismo, racismo, etarismo e machismo. Em seguida, o grupo integra a roda de conversa PCD’s na Dança: Ampliando horizontes sobre dramaturgias.

 

Articulando a Dança pela Cidade: Mobilizando movimentos e fóruns (17 de maio, sexta-feira, 18h) reúne em um bate-papo Renan Marangoni, do Fórum de Dança(s) da Zona Sul e Sudoeste; Íris de Franco e Evandro Paz, do Fórum de Danças Patrimoniais; Letícia de Andrade e Vanessa Macedo, do A Dança se Move; Sylvia Aragão, do Fórum Nacional da Dança, Manifestança e do Fórum Permanente das Danças do Estado de São Paulo e mediação de Will Lima. Após a roda de conversa acontece a apresentação de Forró Urbano: O Ancestral Contemporâneo, de Íris de Franco e Evandro Paz.

 

Uma série de oficinas também estão na programação e serão ministradas por profissionais do Estado de São Paulo, trazendo novidades para a capital, dentro das mais diversas linguagens, como Danças Circulares e do Mundo com a Mestra Sol, Carimbó com Jaciara Formiga, Jazz com Sônia Leal, Dança Clássica com Rodolfo Rodrigo, Dança Contemporânea com Eduarda Ryan, Tango e Milonga com Pablo Scanavino e Sonia Quiroga, Tribal Fusion com Érika Doolunay e Bachata com Batuíra Ribeiro e Vinicius Borges. As inscrições gratuitas deverão ser feitas pelo site do festival.

 

Apresentações em escolas públicas

Durante o período de realização do DANÇA NAS BORDAS a Cia Diversidança apresenta seu espetáculo Tirem os sapatos e DANCEM conosco em escolas públicas das cidades de Cotia, Embu, Itapecerica da Serra e Taboão da Serra. A montagem interativa é uma imersão e o público poderá tirar os sapatos e dançar com os bailarinos.

 

Serviço:

 

DANÇA NAS BORDAS

De 22 de abril a 19 de maio.

Gratuito.

Programação completa e inscrições para oficinas: linktr.ee/CiaDiversidanca

 

Espaço Cultural CITA

Rua Aroldo de Azevedo, 20 - Jd. Bom Refugio, São Paulo.

 

Praça do Campo Limpo

Rua Dr. Joviano Pacheco de Aguirre, 30 - Jd. Bom Refúgio, São Paulo.

 

Studio de Dança Diane Sousa

Estrada do Campo Limpo, 3.416 - Campo Limpo, São Paulo/SP

 

Idealização Programação e Produção Geral – Rodrigo Cândido. Produção Geral e Articulação de Público – Simone Gonçalves. Produção Executiva – Júnior Cecon. Recepção – Mazé Soares. Camarins – Rodrigo de Lima. Técnico de Sonoplastia –Alessandro Saldanha. Técnico de Iluminação – Davi Damasceno e Lainx Dias. Montagem e Orientação para Exposição – Millena Almeida. Assessoria de Imprensa –Nossa Senhora da Pauta. Social Mídia – Bárbara Santos. Designer Gráfico – Camila Ribeiro. Editor de Telas – Vitor Porphirio. Registro Audiovisual – Ana Guerra e Bárbara Santos (Coletivo Olhares de Guiné).

 

 

Assessoria de Imprensa

Nossa Senhora da Pauta

Frederico Paula | MTb-SP: 28.319




  

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